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A iniciativa contribuiu para impulsionar uma maior transferência e valorização do conhecimento produzido no país

A ANI organizou um ciclo de três workshops dedicados à divulgação de “Boas Práticas de Transferência de Tecnologia e Conhecimento”. As sessões, que se focaram nas regiões Norte, Centro e Alentejo, tiveram como objetivo apresentar e discutir os resultados de dois estudos promovidos pela ANI.

O estudo “Redes e Dinâmicas de Transferência de Conhecimento em Portugal”, analisou as dinâmicas de transferência de conhecimento no âmbito dos projetos apoiados pelo Sistema de Incentivos à I&DT em Co-promoção no âmbito do QREN e do Portugal 2020, evidenciando as entidades âncora e as suas ligações no sistema nacional de inovação e nos sistemas regionais de inovação, os domínios temáticos das RIS3 mais frequentes e qual a correlação entre os vários domínios temáticos das EREI e da ENEI. Por sua vez, o “Estudo de disseminação de boas práticas internacionais de transferência de tecnologia e conhecimento” analisou em profundidade cinco case studies de boas práticas europeias e o seu potencial de sua replicabilidade no contexto nacional. 

As conclusões destes estudos foram discutidas por entidades dos diversos quadrantes dos sistemas regionais de inovação, moderadas por Alexandre Almeida da ANI.

No dia 13 de maio, o painel destacou o progresso assinalável da região Norte, na última década, no que concerne à transferência de tecnologia e conhecimento. Contudo, foram salientadas as debilidades ainda existentes, tais como o investimento empresarial, a qualificação dos recursos humanos e a valorização do conhecimento. Paulo Santos, da CCDR – N, destacou também o contínuo trabalho necessário para corrigir o “desequilíbrio regional, tradicionalmente com melhor desempenho em I+D+i no eixo Porto – Braga face aos territórios com menor densidade” .

Por sua vez, no dia 17 de maio, o contexto geográfico da região Centro foi destacado como um fator de privilégio no que diz respeito ao estabelecimento de pontos entre os atores da região e de outras regiões nos processos de transferência de tecnologia e conhecimento. Foram, igualmente, identificadas algumas carências da região sobretudo ao nível do sistema da inovação com destaque para o subfinanciamento dos Gabinetes de Transferência de Tecnologia (TTOs) e a falta de instrumentos para apoiar os TRL 4 a TRL 7. João Nunes, da BLC 3, evidenciou, também, “o desajustamento entre a configuração dos instrumentos de política e as necessidades dos atores em áreas como a biotecnologia”.

Na última destas 3 sessões, que decorreu no dia 20 de maio, foi ressalvada a necessidade de, na região do Alentejo, operacionalizar as redes de transferência de tecnologia e conhecimento de forma mais efetiva, nomeadamente ao nível da operacionalização dos instrumentos de política, assim como a capacitação dos atores regionais para terem melhor acesso a estes instrumentos. Hélder Guerreiro, da CCDR – Alentejo, defende que “deveria existir, ao nível da operacionalização dos instrumentos de política, uma lógica de contratualização para projetos e objetivos alinhados com as ações transformativas preconizadas na estratégia regional de especialização inteligente, permitindo intervenções abrangentes e mobilizadoras”.

Os estudos estão agora disponíveis para consulta:

Consulte o “Estudo de disseminação de boas práticas internacionais de transferência de tecnologia e conhecimento” aqui.

Consulte o estudo “Redes e dinâmicas de transferência de conhecimento em Portugal” aqui.

Este ciclo de workshops foi promovido pela ANI, no âmbito do SIAC - Iniciativa de Transferência de Conhecimento, cofinanciada pelo COMPETE 2020, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

siac
24/05/2021
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