Cada cientista recebeu uma bolsa de cerca de 2M€
O Conselho Europeu de Investigação (ERC) distinguiu seis investigadores portugueses com a atribuição de bolsas de cerca de 2 milhões de euros a cada um. O objetivo é apoiar os cientistas na consolidação da sua carreira científica e na realização de investigação de ponta em Portugal.
As bolsas do ERC são dos apoios mais competitivos e prestigiados distinguindo, anualmente, os investigadores que mais se destacam ao nível do do grau de inovação dos projetos e da sua excelência científica. Os cientistas portugueses premiados este ano irão desenvolver os seus trabalhos de investigação em instituições localizadas em Braga, Porto, Coimbra e Lisboa.
Entre os vencedores está a investigadora do Instituto Gulbenkian Ciência, Maria João Amorim, cujo projeto poderá abrir caminho a novas estratégias antivirais. Ricardo Henriques, da mesma instituição, também foi premiado e vai desenvolver uma nova tecnologia capaz de seguir o comportamento de células infetadas por vírus. Ainda do Instituto Gulbenkian Ciência, a cientista Raquel Oliveira irá estudar a divisão celular e a transcrição de informação genética nos cromossomas. No Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, o investigador Miguel Carneiro irá decifrar a base genética e celular da coloração estrutural das aves. Mais a norte, na Universidade do Minho, o projeto de Ana João Rodrigues procurá perceber de que forma o cérebro perceciona e codifica o prazer e a aversão. Patrícia Vieira, do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, irá analisar as representações de animais e plantas nas produções culturais sobre a bacia do rio Amazonas.
No total foram submetidas 2506 candidaturas ao ERC, das quais 327 foram aprovadas (taxa de sucesso de cerca de 13%), premiando investigadores de 39 nacionalidades que irão desenvolver os seus projetos em instituições de ensino superior, centros de investigação e empresas de 23 países europeus. Destaque ainda para o crescimento da percentagem de bolsas atribuídas a mulheres, que subiu para 37%, marcando o valor mais elevado de sempre. Em Portugal foram atribuídas, até à data, 127 bolsas do ERC.