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A ANI lançou no dia 12 de julho, em Braga, a iniciativa Tech@Weeks, uma semana dedicada à demonstração, disseminação e difusão de conhecimento e tecnologia. A primeira Tech@Week arrancou com uma ação de demonstração sobre “Indústria 4.0 e Transição Verde”, no INL – International Iberian Nanotechnology Laboratory, e explorou as principais tendências e desafios desta área.

A sessão de abertura coube a João Mendes Borga, administrador da ANI, a Lars Montelius, diretor-geral do INL, e a Alcino Lavrador, diretor-geral da Altice Labs. Destacando a importância da inovação em “várias vertentes”, João Mendes Borga não deixou margem para dúvidas: a inovação tecnológica tem de ser colaborativa. “O conhecimento está nas instituições do Sistema Nacional de Inovação e têm de ser estas, em conjunto com as empresas, a perceber a melhor forma de entregar a inovação aos clientes”. Deve ser, por isso, que, no INL, “comemos inovação ao pequeno-almoço”, como brinca Lars Montelius, para quem “não é suficiente fazermos boa investigação. Temos de dialogar com o mercado e com as populações e colocar as nossas invenções ao serviço das suas necessidades”. Do lado empresarial, Alcino Lavrador lembra que os objetivos da indústria e das entidades de ensino superior e investigação são “completamente diferentes. Temos de os conectar”. O diretor-geral do Altice Labs destaca que o objetivo último é melhorar a vida das pessoas e que esse deve ser o driver comum. “Mesmo os estudantes, também precisam de desafios na indústria para se desenvolverem e nós podemos dar-lhes isso”.

Ao longo do dia debateram-se temas quentes nas áreas da indústria 4.0 e transição verde, como “Deep Tech na medicina – Aplicações e benefícios”, que contou com Sara Abalde, do INL, e Jaime Campos, da PeekMed, como oradores, “IPCEI da Microelectronics –  Um passo importante para uma cadeia de fornecimento de microchips da EU”, discutido entre Pedro Almeida, da PCI de Aveiro, e Mónica Cerquido, da Bosch. Dois temas que podem trazer uma revolução tal em termos de gestão, interligação, soberanidade, mas também de investimento, que colocam toda a comunidade científica com a sensação de se encontrar à beira da disrupção total. A importância estratégica da inovação colaborativa não poderia ficar de fora e foi tema da sessão “Transferência tecnológica para a indústria”, com a participação de Manuel Cruz, do ISEP, e de Susana Cruz do DTx Colab.

 

Do rastreamento dos têxteis à impressão 3D de células vivas, Portugal tem inovação para mostrar

Mas mais do que debates, os participantes foram brindados com uma montra de projetos que prometem marcar o futuro.

O CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes apresentou vários projetos, como o STVgoDigital, que promove a produtividade e a eficiência da cadeia de abastecimento no cluster têxtil, e o Dosea, que visa desenvolver uma smart label de apoio à toma de medicação, ímpar a nível comercial, para ensaios clínicos e para particulares.

A mostra tecnológica contou também com o projeto FDPanel (Future Door Panel), desenvolvido por um consórcio liderado pela Simoldes Plásticos, que pretende desenvolver um conceito novo, diferenciador e mais leve para o painel de porta interior automóvel. A empresa Viridius Technology, incubada pelo Instituto Pedro Nunes, apresentou um piloto que permite a colheita autónoma de framboesa, recorrendo a inteligência artificial e robótica.

A Bee Very Creative, da Agência Espacial Europeia, e o instituto 3Bs da Universidade do Minho, também marcaram presença com as suas impressoras 3D. A novidade é uma tecnologia que permite imprimir em 3D células vivas, mas que ainda não estava disponível para demonstração, embora prometa revolucionar o futuro.

Baterias 2030, que envolve um consórcio com 14 empresas e 9 centros de investigação, liderado pela dstsolar; projeto LEIMSA, com a Simoldes Plásticos como promotora, e a Celoplás, Bosch, CEiiA, Universidade do Minho e DTx CoLAB como copromotores;  TAMI, promovida por First Solutions – Sistemas de Informação, Associação Fraunhofer     Portugal Research, INESC TEC e Administração Regional de Saúde do Norte; PASMO, do Instituto de Telecomunicações; e 5G MOBIX, que envolve 58 parceiros de 13 países, entre os quais Centro de Computação Gráfica, Infraestruturas de Portugal, Instituto da Mobilidade e dos Transportes, Instituto de Telecomunicações, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Norte Litoral Concessionária, NOS e Transportes, Inovação e Sistemas, foram outros projetos que foi possível conhecer

Para além do evento no INL, a primeira Tech@Week contou com mais três eventos, dinamizados pelo INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, pelo Smart Farm Colab e pelo Grupo Casais. As três instituições abriram as suas portas à comunidade e deram a conhecer a sua missão, os objetivos, os principais resultados da atividade que desenvolvem e os seus projetos.

 

As Tech@Weeks são promovidas no âmbito do Sistema de Apoio a Ações Coletivas - Transferência de Conhecimento Científico e Tecnológico, TECH4INNOV, cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.

 

tech4innov
15/07/2022
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