Sessão foi transmitida em direto no Facebook da ANI

A última sessão das Innovation Talks trouxe para o centro da discussão a digitalização e a robotização do mar. A sessão, que decorreu no passado dia 05 de novembro em direto na página de Facebook da ANI, contou com a presença de Luís Marinho Dias, diretor adjunto de Inovação e Modernização da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, de João Tasso Sousa, docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e de Pedro Rocha Vieira, Co-Founder e CEO da Beta-i. A conversa foi dinamizada em parceria com o Fórum Oceano, um Cluster dedicado à Economia do Mar e moderada por Ruben Eiras, responsável pelas áreas do Empreendedorismo, Inovação, Investimento e Financiamento da Economia Azul nesta instituição.

A revolução digital chegou à economia azul e há novos desafios e oportunidades em todos as fileiras marítimas: navios autónomos no shipping, portos automatizados e energeticamente eficientes, drones para mapear e vigiar o oceano, instrumentação para pesca seletiva, etc. Esta Innovation Talk centrou-se nesta vaga de disrupção tecnológica que poderá criar uma geração de empreendedores portugueses, o mesmo povo que revolucionou a instrumentação de navegação marítima há 500 anos.

Para Luís Marinho Dias, um dos pontos centrais nos processos de digitalização do setor marítimo tem de ser a colaboração. “Temos que pensar o nós e não só o eu”, refere o diretor adjunto de Inovação e Modernização da APDL, que acredita que é necessário existir um conjunto de medidas orientadas para os stakeholders, no sentido de se criarem ecossistemas de inovação capazes de gerar uma evolução no setor portuário e marítimo. Afirma ainda que, mesmo trabalhando numa grande empresa, consegue perceber que só será possível avançar para novos desafios se existirem estratégias para assegurar que as pequenas e médias empresas estão também integradas nos projetos de inovação.

João Tasso Sousa destaca também o papel do trabalho colaborativo neste setor. O responsável pelo Laboratório de Sistemas e Tecnologias Subaquáticas da FEUP afirma que, embora Portugal seja um país com enorme potencial, precisa de se desamarrar de algumas barreiras e passar olhar para outros países, cujos processos de transferência de tecnologia na área marítima estão muito bem desenvolvidos, como exemplo.

Por sua vez, Pedro Rocha Vieira lança também o repto para a necessidade de se investir cada vez mais na construção de estratégias de inovação neste setor. “Portugal olha muito para o mar como uma coisa sua, mas acho que se pode fazer muito mais”, acredita o CEO da Beta-i, que defende a criação de um ecossistema forte, com redes de parceiros capazes de mobilizar novos desafios de conhecimento para o futuro, como a principal necessidade dos processos de digitalização e robotização do mar.

A próxima sessão acontece já no próximo dia 19 de novembro, pelas 12h. “A importância das pessoas como motores de inovação nas universidades e nas empresas” será o tema da conversa dinamizada em parceria com o Centro de Interface INESC MN. As Innovation Talks decorrem em direto no Facebook e ficam também disponíveis no site e canal de Youtube da ANI, para que possam ser vistas ou revistas.