Inauguração da primeira ZLT portuguesa aconteceu a 19 de julho

 A ANI e a Marinha Portuguesa apresentaram a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) reconhecida pelo Governo Português, numa cerimónia presidida pela Ministra da Defesa e pelo Ministro da Economia e do Mar. A sessão decorreu dia 19 de julho, no Centro de Experimentação Operacional da Marinha, em Troia, local a partir do qual será monitorizada esta ZLT.

A ZLT Infante D. Henrique vai testar, em mar aberto e circunstâncias reais, sistemas de segurança e de defesa não tripulados e outras tecnologias, em ambientes de subsuperfícies, superfície (terrestre e molhado) e aéreo. Esta ocupará uma área superior a mil milhas quadradas e abrangerá parte dos concelhos de Sesimbra, Setúbal e Grândola. Toda a área será sensorizada, reunindo as condições ideais para, em segurança, testar e validar novas tecnologias de comunicações, sensores, inteligência artificial e materiais. Pelas características geofísicas do local, esta ZLT permitirá ainda acesso e o estudo do mar profundo, que será alavancado com a instalação de uma plataforma multipropósito, vulgo ilha artificial.

O principal objetivo desta ZLT é promover a colaboração com a indústria, a academia e os utilizadores finais, bem como atrair projetos de experimentação inovadores com tecnologias emergentes e disruptivas no meio marítimo, tornando a região como um polo de inovação de reconhecido valor a nível mundial.

Até ao momento, a ANI, como entidade responsável por coordenar e gerir as ZLT em Portugal, já recebeu 12 manifestações de interesse de potenciais ZLT, oito das quais favoráveis. Estas pretendem experimentar e testar projetos de Mobilidade, Fintech, Comunicações e Ambiente.

“Para a ANI, o mais importante é o estímulo à inovação e a aceleração da entrada de novas tecnologias no mercado que as ZLT podem representar, bem como potenciar a atração de talento, investimento e projetos inovadores para o país. Já existem instrumentos semelhantes noutros países, mas Portugal tem um enorme potencial, já que a medida poderá abranger todos os setores.” Joana Mendonça, Presidente da ANI.