Ação formativa aconteceu em parceria com IMPIC, a 19 de outubro

A ANI dinamizou, em parceria com o IMPIC, a sessão e-learning “Compras Públicas de Inovação (CPI) em Saúde”, direcionada a Administradores Hospitalares, no âmbito da 8ª Conferência de Valor APAH, organizada pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

A 8ª Conferência de Valor APAH, que aconteceu entre 19 e 23 de outubro de 2020, teve como mote “Inovar e liderar na incerteza” num contexto de mudanças e desafios face ao futuro, decorrentes da pandemia da COVID-19. O programa do evento ofereceu uma vasta diversidade de conteúdos - formatos online de formação, plenárias temáticas, sessões de partilha de soluções inovadoras, entrega de prémios e apresentações públicas de livros APAH – contando, no primeiro dia, com a presença da ANI e do IMPIC.

A ação de formação em CPI decorreu a 19 de outubro e, durante 3 horas, Luís Ferreira, em representação da ANI, e Fernando Batista, em representação do IMPIC, pretenderam sensibilizar os administradores hospitalares para a contratação pública de inovação com o objetivo de facilitar a compreensão de aspetos chave para a sua implementação.

Administradores, gestores Hospitalares, diretores e responsáveis dos serviços de aprovisionamento e centros de investigação e inovação das organizações de saúde foram o público desta iniciativa de sensibilização dirigida sobre as CPI, algo que Luís Ferreira caracteriza como uma “experiência muito relevante para adequar conteúdo a um dos setores públicos onde a temática poderá ter maior impacto”. O representante da ANI lembra ainda que a pandemia tem colocado “desafios tremendos às unidades hospitalares na gestão corrente e no planeamento que é necessário fazer no curto e médio prazo”, sendo por isso um “momento particularmente fértil em novas necessidades não satisfeitas, muitas delas indutoras de inovação”. Fernando Batista do IMPIC acrescenta que, neste momento, “qualquer instrumento que sirva de alavancagem à economia assume uma importância extrema” e, como tal, “a contratação pública na era pós-pandemia vai assumir um papel relevantíssimo”.

A sessão de e-learning teve ainda como objetivo promover uma contratação pública mais transparente, referida por Fernando Batista como “um princípio que deve ser constantemente alimentado, pois só através dele se pode dar cumprimento à tão desejada accountability da atividade contratual”, enfatizando ainda “a eficiência dos fundos públicos utilizados nos contratos públicos” como um pressuposto de modernização “designadamente das unidades de saúde”.

No contexto destas iniciativas, cabe a entidades como a ANI e o IMPIC estimular “os principais agentes de mudança a refletirem sobre a utilização da função de compras de forma mais estratégica e a encontrarem soluções mais inovadoras que conduzam a ganhos de eficiência e melhorias nos serviços”.

Os cerca de trinta participantes funcionaram como público experimental para próximas abordagens sobre uma matéria para a qual ainda existe uma falta de capacitação e informação por parte de muitos intervenientes. Ambas as entidades fazem um balanço da ação muito positivo, reconhecendo a disponibilidade dos profissionais para “melhorarem a eficiência dos serviços prestados através da inovação operada por um contrato público.”.

A inovação assume um papel crucial na obtenção de novas soluções que procurem melhorar a qualidade e excelência dos serviços de saúde em Portugal. Abordar a temática das CPI permite incentivar o processo de compra pública de inovação diretamente nos órgãos de tomada de decisão e principais agentes de mudança na melhoria e modernização dos serviços.

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